sexta-feira, maio 13, 2016

Conheça os Currículos de 15 Ministros do governo Temer

Foto Getty

Estes são os breves currículos de 15 ministros do governo Temer.  Em qualquer outro país onde a constituição é cumprida, estas pessoas jamais estariam em cargos tão importantes para o futuro do país.

 -JUSTIÇA: Alexandre de Morais (PSDB / SP) ex advogado do PCC e sofre diversos processos em SP;

- AGRICULTURA: Blairo Maggi (PR/MT) investigado por lavagem de dinheiro na Operação Ararath;
- CIDADES: Bruno Araújo (PSDB/PE) recebeu dinheiro de empresas investigadas na LavaJato;
- TRABALHO: Alex Canziani (PTB/PR) responde por crime de peculato;
- CASA CIVIL: Eliseu Padilha (PMDB/RS) indiciado por crime em licitações e formação de quadrilha;
- ARTICULAÇÃO: Geddel Vieira Lima (PMDB/BA) acusado de receber dinheiro de empreiteiras;
- FAZENDA: Henrique Meirelles (PSDB/GO) acusado por sonegação de impostos;
- RELAÇÕES INTERNACIONAIS: José Serra (PSDB/SP) tem 17 processos na justiça eleitoral, 3 processos por improbidade administrativa e etc;
- COMUNICAÇÕES: Gilberto Kassab (PSD/SP) investigado por fraude na inspeção veicular;
- ASSESSOR ESPECIAL DA PRESIDÊNCIA: Sandro Mabel (PMDB/GO) investigado por fraude no pagamento de auxílio-creche e vale transporte;
- EDUCAÇÃO: Mendonça Filho (DEM/PE) recebeu 100 milhões da Camargo Correia na Operação Castelo de Areia;
- DEFESA: Newton Cardozo Jr. (PMDB/MG) teve seus bens e de seu pai bloqueados pela PF por emissão de notas fiscais falsas;
- DESENVOLVIMENTO SOCIAL: Osmar Terra (PMDB/RS) cometeu irregularidades nas gestões de Terra na Secretaria de Saúde em uma prefeitura e o condenou a pagamento de multa;
- ESPORTES: Leonardo Picciani (PMDB/RJ) investigado por crime eleitoral;
- PLANEJAMENTO: Romero Jucá (PMDB/RR) investigado por receber propina e desvios de dinheiro na LavaJato.
Se você acredita que um governo formado por essa quadrilha vai nos tirar da crise? Ah e 
Nenhuma mulher...
Fonte - Toda web  e André Luiz Paiva Facebook.
http://www.bbc.com/portuguese/brasil/2016/05/160509_ministros_temer_if_rm

quinta-feira, maio 12, 2016

Entenda os Próximos Passos do Processo de Impeachment

          
           O Senado aprovou, por 55 votos a favor e 22 contra, a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Com isso, o processo será aberto no Senado e Dilma será afastada do cargo por até 180 dias, a partir da notificação. Os senadores votaram no painel eletrônico. Não houve abstenções. Estavam presentes 78 parlamentares, mas 77 votaram, já que o presidente da Casa, Renan Calheiros, se absteve.
          Estiveram ausentes os senadores Jáder Barbalho (PMDB-PA), Eduardo Braga (PMDB-AM). Pedro Chaves dos Santos (PSC-MS), suplente do senador cassado Delcídio do Amaral, decidiu não assumir ainda o cargo.

A sessão para a votação durou mais de 20 horas. Durante o dia, dos 81 senadores, 69 discursaram apresentando seus motivos para acatar ou não a abertura de processo contra Dilma.



           Comissão Especial


          Com a aprovação de hoje, o processo volta para a Comissão Especial do Impeachment. A comissão começará a fase de instrução, coletando provas e ouvindo testemunhas de defesa e acusação sobre o caso.
O objetivo será apurar se a presidenta cometeu crime de responsabilidade ao editar decretos com créditos suplementares mesmo após enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei para revisão da meta fiscal, alterando a previsão de superávit para déficit.

A comissão também irá apurar se o fato de o governo não ter repassado aos bancos públicos, dentro do prazo previsto, os recursos referentes ao pagamento de programas sociais, com a cobrança de juros por parte das instituições financeiras, caracteriza uma operação de crédito. Em caso positivo, isso também é considerado crime de responsabilidade com punição de perda de mandato.

Um novo parecer, com base nos dados colhidos e na defesa, é elaborado em prazo de 10 dias pela comissão especial. O novo parecer é votado na comissão e, mais uma vez, independentemente do resultado, segue para plenário.

A comissão continuará sob comando do senador Raimundo Lira (PMDB-PB) e a relatoria com Antonio Anastasia (PSDB-MG)

Embora o Senado não tenha prazo para concluir a instrução processual e julgar em definitivo a presidenta, os membros da comissão pretendem retomar os trabalhos logo. A expectativa de Lira é que até sexta-feira (13) um rito da nova fase esteja definido, com um cronograma para os próximos passos.

Ele não sabe ainda se os senadores vão se reunir de segunda a sexta-feira, ou em dias específicos e nem se vão incluir na análise do processo outros fatos além dos que foram colocados na denúncia aceita pelo presidente da Câmara dos Deputados. A votação dos requerimentos para oitiva de testemunhas e juntada de documentos aos autos deve começar na próxima semana.

Presidente do STF


Na nova etapa, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, passa a ser o presidente do processo, sendo também a última instância de recursos na Comissão Processante. “O processo volta para a comissão, sendo que a instância máxima será o presidente do STF. Se houver alguma questão de ordem que eu indeferir, o recurso será apresentado a ele. Ele passa a ser o presidente do julgamento do impeachment”, explicou o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB).

Afastamento

Com a abertura do processo no Senado, Dilma Rousseff é afastada do exercício do cargo por até 180 dias. A presidenta poderá apresentar defesa em até 20 dias. O vice-presidente Michel Temer assume o comando do Executivo até o encerramento do processo. A comissão pode interrogar a presidenta, que pode não comparecer ou não responder às perguntas formuladas.

Intervenção

Há a possibilidade de intervenção processual dos denunciantes e do denunciado. Ao fim, defesa e acusação têm prazo de 15 dias para alegações finais escritas.

Segunda votação em plenário

Depois que a comissão votar o novo parecer, o documento é lido em plenário, publicado no Diário do Senado e, em 48 horas, incluído na ordem do dia e votado pelos senadores. Para iniciar a sessão são necessários mais da metade dos senadores (41 de 81). Para aprovação, o quórum mínimo é de mais da metade dos presentes.

Se o parecer é rejeitado, o processo é arquivado e a presidenta Dilma Rousseff reassume o cargo. Se o parecer é aprovado, o julgamento final é marcado.

Recursos

A presidente da República e os denunciantes são notificados da decisão (rejeição ou aprovação). Cabe recurso para o presidente do Supremo Tribunal Federal contra deliberações da Comissão Especial em qualquer fase do procedimento.

Decisão final

Na votação final no Senado, os parlamentares votam sim ou não ao questionamento do presidente do STF, que perguntará se Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade no exercício do mandato.

As partes poderão comparecer pessoalmente ou por intermédio de seus procuradores à votação. Para iniciar a sessão é necessário quórum de 41 dos 81 senadores. Para aprovar o impeachment é preciso maioria qualificada (dois terços dos senadores), o que equivale a 54 dos 81 possíveis votos.

Se for absolvida, Dilma Rousseff volta ao cargo e dá continuidade à sua gestão. Se for condenada, Dilma é destituída e fica inabilitada para exercer função pública por oito anos. Michel Temer, então, assume a presidência do país até o final do mandato.

Impedimento de vice é incógnita

O vice-presidente Michel Temer, que assumirá o comando do país, é também alvo de um pedido de impeachment na Câmara dos Deputados, que teve seu andamento ordenado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio em abril.


Fonte - Costa Advogados.



segunda-feira, fevereiro 01, 2016

"Lula é um gênio do crime, um Moriarty moderno, o Lex Luthor do ABC.


Essa matéria foi escrita por Paulo Vilaça e entra na minha lista pessoal de (matérias que eu gostaria de ter escrito). Espero que gostem tanto quanto eu.


"Lula é um gênio do crime, um Moriarty moderno, o Lex Luthor do ABC.

              Depois de ser investigado continuamente por quase 40 anos - uma investigação sempre estampada nas capas de jornais e revistas interessados, como de hábito, em defender os interesses das corporações que os bancam -, este Blofeld do sindicalismo conseguiu, graças ao seu brilhantismo maquiavélico, evitar que qualquer prova acerca de suas décadas e décadas de malfeitos fosse descoberta. Nem o próprio Hercule Poirot conseguiria detê-lo, tamanho seu cuidado na concepção de seus milhares de esquemas.

Mas tudo chega ao fim. E Lula, enriquecido além do possível depois de tanto roubar, finalmente tropeçou ao desistir de comprar um apartamento (que tolamente havia declarado previamente à Receita), ao visitar o sítio de amigos (estupidamente às claras, sem esconder de ninguém) e, principalmente, ao permitir que sua esposa comprasse um barquinho de pesca de menos de 5 mil reais (e pateticamente com nota fiscal no próprio nome).
Por sorte, os Woodward-Bernsteins que compõem a equipe da Foxlha conseguiram descobrir esta compra (sorrateiramente feita com emissão de nota fiscal no nome verdadeiro de dona Marisa) e - ainda mais chocante - comprovaram que o caminhoneiro que entregou o barquinho tinha nada menos do que 25 anos de profissão (como destacaram na chocante matéria que renderá a eles o Pulitzer por terem derrubado o ex-presidente).
É um alívio saber que nossa imprensa sabe priorizar o que merece destaque: a revista Veja, que um dia será eternizada em sua própria versão de Spotlight (título provisório: Boimatlight), fez uma matéria fabulosa cuja manchete resume, por si so, o imenso apuro jornalístico do veículo: "Publicitária presa disse ter ouvido ‘zum-zum-zum’ sobre tríplex de Lula no Guarujá".
              Ah, o "zum-zum-zum", esta prova que consta de todos os Códigos Penais como a mais inquestionável das evidências.
O ZumZumZumGate, como será conhecido pelas gerações futuras, acertadamente ganhou as páginas do jornalismo brasileiro no lugar de helicópteros com 500 kg de cocaína, de certos aviões dos Estados de SP e MG que foram usados para voos particulares de amigos e da esposa de certos governadores, de testemunhos repetidos sobre o mineiro "chato das propinas" e, claro, de contratos sem licitação feitos pela gestão de Alckmin para comprar 200 milhões anuais de merenda escolar. 

Nossos barões da mídia sabem que tucanos são pré-anistiados e, portanto, não fazem o leitor perder tempo lendo notícias que não levarão a nada. São gentis assim.

                 Por outro lado, quando o roteirista dos clássicos modernos O Candidato Perfeito e Até que a Sorte os Separe 3 declara que o governo federal "cerceia críticas", ninguém aponta a aparente contradição: seus filmes tiveram captação de recursos aprovada pela Ancine. E ainda bem que não fazem isso, pois poderiam acabar levando o leitor a acreditar que o governo NÃO está implantando uma ditadura comunista no país. Sim, ela está sendo implantada há 14 anos, mas isto é apenas prova da incompetência de seus líderes.

Como apreciador do bom jornalismo, fico encantado ao perceber como a imprensa brasileira foi de “Lula era o cabeça do esquema na Petrobras” a “mulher de Lula comprou barquinho de pesca”. E fico esperando, ansioso, pelas manchetes que virão a seguir:
"Lula teria matado ao menos 200 minhocas ao longo dos anos; barquinho de pesca foi utilizado para atirar cadáveres na água."

"PF intima peixe para depor: “Lula matou e comeu minha família”; esposa teria ajudado a cozinhar os corpos."

"Esposa de Lula comprou vara de pescar; vendedor com 32 anos de profissão relembra: “Ela ainda pediu desconto”."

E aguardo, ansioso, pelo discurso que será feito pelo repórter da Foxlha ao receber seu segundo Pulitzer por sua matéria investigativa que provará que Lula mentiu ao afirmar ter pescado peixe de 18 kg. 

É claro que poderia haver outra explicação para tudo isso, mas hesito em abraçá-la, já que implicaria em aceitar algo revoltante: 

Que o jornalismo brasileiro virou fanfiction tucana".

sábado, janeiro 23, 2016

Tudo o que você precisa saber sobre Bolsonaro!

Uma visão bem humorada de um legitimo representante dos saudosos da ditadura, dos fascistas de plantão, dos torturadores, racistas, homofóbicos e porque não dizer, retardados online.

quarta-feira, maio 27, 2015

Um breve desabafo político

 
       

             Tivemos no passado um grande escândalo chamado mensalão onde José Genuíno e José Dirceu  entre outros petistas foram acusados de desvios de dinheiro público. Foram realizados uma devassa em suas vidas financeiras e patrimônio. Nada foi encontrado, como não havia provas materiais, Joaquim Barbosa na época ministro relator do processo encontrou um termo jurídico que os enquadrou - teoria do Domínio do Fato.  
         Pois bem, de lá para cá, somos chamados de ladrões e petralhas mesmo as multas contra os petistas sendo pagas. Vieram outros escândalos, aliás, já existiam - Banestado, mensalão tucano que refere-se ao PSDB mas mesmo sendo anterior curiosamente não foi julgado e corre o risco de ser prescrito. Também escândalos internacionais e nacionais dos quais os petistas não foram envolvidos. O escândalo da lava-jato tem 27 indiciados, só dois são petistas. Toda a bancada federal do RS ligada ao PP( Partido Progressista) estão sendo investigados, Escândalo do HSBCOperação Zelotes. Pois bem, a presidente Dilma é uma mulher cuja a honestidade esta acima de qualquer suspeita, jamais teve processos por roubo, fraude, corrupção e isso fez por merecer o reconhecimento de dois grandes homens desse país, Brizola e Luis Inácio Lula da Silva. Mesmo assim em março desse ano milhares de pessoas da direita brasileira foram as ruas com as camisetas da CBF a chamando de nomes como vaca, vagabunda, porque não morreu de câncer, petralha......e por ai afora.
            Hoje vejo com satisfação que tudo tem a volta - Veio á público o maior escândalo de futebol mundial, só em suborno foram mais de 400 reais de suborno, José Maria Marim, presidente da CBF esta envolvidos. Ou seja, milhares de asnos foram as ruas com as camisetas da CBF pedindo fim da corrupção no governo federal, volta da ditadura militar, "Impitman". Graças aos céus, as investigações estão sendo feitas pelo FBI onde assuntos de dinheiro e desvios aos fisco são levados muito a sério.

quarta-feira, abril 29, 2015

A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL E O EMPODERAMENTO DA JUVENTUDE BRASILEIRA.




Christiane Russomano Freire

          Não restam dúvidas que a campanha em favor da redução da maioridade penal no Brasil, que reeditou a PEC 171 após vinte cinco anos e que, tragicamente, conta com o apoio aproximado de 87% da população, se inscreve como bandeira paradigmática daquilo que, no campo penal e penitenciário, denominamos de populismo punitivo. A aprovação de tal medida poderá significar uma vitória histórica e inédita das políticas de criminalização e exclusão da juventude brasileira, instrumentalizada no incremento do encarceramento em massa, que no tocante aos seus efeitos sociais perversos, se assemelha somente à aprovação da Lei dos Crimes Hediondos nos idos dos anos 90, marco que inaugurou a adesão do Brasil ao punitivismo penal.
          A instabilidade do momento político nacional, que fragiliza as instituições democráticas, assim como fomenta e fortalece no Congresso Nacional um conservadorismo que ficou latente por mais ou menos quatro mandatos presidenciais, surge como terreno fértil capaz de germinar importantes retrocessos nas esferas dos direitos coletivos e individuais. Soma-se a isto a legitimidade conferida por amplos setores da sociedade civil que, suscetíveis às campanhas de pânico incessantemente veiculadas pelos principais meios de comunicação, se transformam nos principais propagadores das respostas penais de natureza simbólicas. Ou seja, aquelas dirigidas a aplacar os medos coletivos, transmitindo a falsa sensação de segurança.
          Por outro lado, não é necessário compreender profundamente os mecanismos da política econômica para estabelecer conexões entre as propostas de terceirização/precarização do trabalho que tomaram corpo nos últimos meses, recebendo amplo apoio da maioria dos partidos políticos com representação parlamentar, com a defesa da redução da maioridade penal. As novas readequações exigidas pelo contexto econômico mundial - não mais atenuado pela estabilidade e crescimento da econômica nacional, que durante as duas últimas décadas permitiu a implantação de políticas de inclusão e distribuição de renda e direitos sem causar danos substanciais às expectativas vorazes das elites nacionais - tornam a redução da idade penal,com o incontroverso incremento do aprisionamento juvenil, a outra dimensão da precarização do trabalho, da segregação territorial e da sujeição ou eliminação dos sujeitos redundantes. 
          Todavia, para além desses aspectos substanciais acima mencionados, existe outro elemento que, embora não tenha sido problematizado pela maioria das análises do fenômeno, ao menos àquelas a que tive acesso, me parece fundamental para a compreensão do que efetivamente está em jogo. 

          Trata-se do significado das Jornadas de Junho de 2013. Diferente do que muitos acreditavam, propagavam, ou na verdade desejavam, a juventude brasileira, assim como a de vários outros países não somente não estão apáticas, alienadas e apolíticas, mas ao contrário, montam um espetáculo até então nunca visto de atitude, consciência cidadã e criatividade. 
Surgem trazendo novos tipos de organização social: coletivos organizados em redes que professam autonomia e diferem muito dos tradicionais e institucionalizados movimentos de juventude. A pluralidade das bandeiras é o ingrediente diferencial e também o mais interessante, uma vez que permite a auto-organização e a autonomia perante os poderes constituídos, mas, sobretudo o diálogo e o respeito pelo que é substancial para o Outro. 


          Nesse mosaico conectado não apenas virtualmente, mas na ação direta das ruas nas grandes cidades brasileiras encontramos desde o Movimento Pelo Passe Livre - MPL, a Marcha da Maconha, a Marcha das Vadias, a Massa Crítica, o Movimento Reaja ou Será Morto, as Mães de Maio, o Território Livre, a Frente Independente Popular, o Ocupe Estelita, o Levante Popular da Juventude, o Juntos, dentre tantos outros. As pautas envolvem questões referentes à mobilidade urbana, a ecologia, os direitos LGBT, a descriminalização das drogas, a luta contra a violência policial e as mortes da juventude das periferias, o direito e o acesso as manifestações culturais como as pichações e o Hip Hop. 
          Nessas vivências, a juventude brasileira se desconectou dos partidos políticos tradicionais e sindicatos, reafirmou sua desconfiança com a institucionalidade e a horizontalidade, postura que os fez rechaçar, não raras vezes, até mesmo a participação dos partidos de esquerda nas manifestações que protagonizaram. E, ainda, criou uma nova linguagem, mais criativa e menos dogmática, utilizando-se das novas tecnologias para fomentar redes conectadas e descentralizadas, tendo como pautas majoritárias questões locais, assim como algumas de crivo nacional, tais como a desmilitarização das polícias e a não criminalização dos movimentos sociais. No entanto, não possuem um programa mais amplo, com propostas para a sociedade como um todo, ou mesmo com pretensões as disputas na esfera estatal.
          No entanto, o que temos é o empoderamento de uma juventude que cresceu durante as duas últimas décadas e que foi beneficiária das várias conquistas democráticas e sociais, tanto é assim que na ampla maioria das vezes possuem nível de escolaridade superior aos seus pais, bem como tem acesso a determinados bens de consumo. Sendo assim, são capazes de demonstrar claramente que não estão dispostos a fazer qualquer tipo de concessão no que se refere aos direitos, as liberdades e a parcela de democracia conquistada. 
          Ainda é cedo para saber a trajetória futura de tais movimentos, podemos fazer diferentes conjeturas: se em algum momento irão optar pela institucionalização e participação no jogo político eleitoral, se irão assumir as mesmas formas dos seus semelhantes na Espanha ou na Grécia, se irão dar origem a outro ou outros organismos de representação política, ou mesmo se irão manter sua autonomia como movimentos sociais, mas o que realmente importa é que nunca estiveram tão vivos, tão atentos, tão dispostos da lutar e com tanta capacidade de mobilização. E é exatamente contra essa potencialidade que assistimos tomar corpo uma poderosa reação autoritária que, embora adormecido por breve período, sempre esteve ali na espreita, uma vez que infelizmente se constitui como ingrediente substancial da tradição sócio-cultural. 
Com certeza é nesse contexto que se inscreve a proposta de redução da idade penal, o continum punitivo da precarização do trabalho.

domingo, abril 12, 2015

De onde vem o dinheiro dos grupos que pedem o "imptman" de Dilma




Posto aqui uma interessante reflexão de um amigo do facebook, Master Clovis - De onde vem o dinheiro que financia os grupos que promovem as manifestações. Vale ler e pensar a respeito.



           O jornal Estadão, que não esconde a sua simpatia pelas marchas golpistas contra o governo Dilma, publicou neste domingo (12) uma curiosa reportagem – assinada pelos jornalistas Ricardo Galhardo, Vamar Hupsel, Ricardo Chapola e Fábio Leite. Ela questiona as fontes de arrecadação dos grupos que organizaram os recentes protestos – que pedem desde o impeachment da presidenta até o retorno dos militares. “Embora cobrem transparência e lisura do governo federal, Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados On Line não fornecem nota fiscal de venda das camisetas que levam suas marcas e serão usadas por muitos manifestantes nos protestos de hoje. A comercialização das peças, bem como as doações recebidas, são as justificativas usadas por eles para financiar suas atividades”. Ainda segundo a minúscula matéria, “Revoltados On Line e Movimento Brasil Livre vendem seus produtos pela internet e as entregam pelo correio sem o documento fiscal. Ambos argumentam que não são uma empresa formal. O Vem Pra Rua montou um ponto de venda na papelaria Paperchase, no Itaim Bibi, bairro nobre da zona sul de São Paulo. A reportagem comprou uma camiseta e pediu a nota, mas não recebeu. Somente depois de questionar o porta-­voz do movimento, Rogério Chequer, o documento foi fornecido ­ em nome da papelaria... Na segunda-­feira, o Estado enviou questões aos três movimentos sobre fontes de recursos, organização jurídica, nomes de integrantes, ligações externas e processos decisórios. O Vem Pra Rua respondeu parcialmente. Marcello Reis, do Revoltados On Line, alegou falta de tempo. Renan Santos, do MBL, não respondeu.A breve reportagem do Estadão indica que não dará para esconder por muito tempo as nebulosas transações – e os suspeitos vínculos – destes grupos fascistóides. Através dos blogs e redes sociais, inúmeras denúncias já circularam pela internet. Aos poucos e em doses discretas, a mídia golpista vai sendo forçada a abordar as fontes de financiamento destas sinistras organizações. Na semana passada, a própria CBN – a rádio que toca mentira da Rede Globo – deu mais algumas pistas num comentário do radialista Leopoldo Rosa. Vale conferir alguns trechos da reportagem intitulada “Grupos que organizam protestos contra a presidente Dilma Rousseff atingem profissionalização”.“O maior trio elétrico do Brasil. Equipamentos alugados a diárias de R$ 20 mil. Filiais em 130 cidades. Pelo menos quatro grandes entidades organizadoras. Essa descrição caberia muito bem a qualquer show ou grande evento, mas a estrutura e organização é para o protesto contra a presidente Dilma Rousseff, no dia 12 de abril. Os grupos que convocam os atos estão cada vez mais organizados. Alguns viraram pessoa jurídica, outros estão ganhando administradores em diversos estados, além de páginas na internet e pessoas que ajudam a convocar e divulgar os atos. O fundador do Revoltados Online, Marcello Reis, diz que o grupo, que defende o impeachment da presidente quer se transformar em associação para ampliar a arrecadação por meio de mensalidades”.“Deve ser deste grupo o maior carro de som na Avenida Paulista, a diária do equipamento custa R$ 20 mil. No Rio de Janeiro, o grupo deve levar cinco carros que já vão começar a rodar nesta semana, anunciando a manifestação. Em outros estados, o número de carros ainda não foi definido. Depende de quanto os grupos vão arrecadar até lá. Além das doações que já recebe, o Revoltados Online também comercializa camisetas. Uma peça chega a custar R$ 175. O Movimento Brasil Livre, um dos maiores organizadores do protesto também investe na venda de itens pela internet. No entanto, Renan Santos, líder do movimento rejeita o que chamou de gourmetização das manifestações”. A reportagem até tenta aliviar a barra dos grupelhos oportunistas, mas não consegue esconder totalmente a sujeira fascistóide. Pelo jeito, há algo de muito pobre nos porões destas marchas!