Luto, dor e revolta. Se não bastasse toda a dor pela tragédia de Santa Maria, mostro aqui a minha revolta pelo que aconteceu nesta droga de Fórum Social Temático, que virou uma porcaria financiada pela prefeitura de Porto Alegre. Esse rapaz da foto o conheço desde os seus 13 anos e foi espancado covardemente, provavelmente por sua opção sexual. A brigada militar que deveria servir e proteger, segundo todos os presentes, se omitiu descaradamente permitindo que um jovem da paz fosse brutalmente maltratado. Isso é um absurdo total e aqui vai meu repúdio total e que o Governador e prefeito de Porto Alegre tomem atitude necessária para punir os soldados do povo que não garantiram a segurança dos cidadãos. O texto abaixo não é meu, a foto é de Débora Pires.
"O Fórum que carrega o tema
“Democracia, Cidades e Desenvolvimento Sustentável” fecha a noite com agressão.
Um Jovem de 21 anos, foi brutalmente agredido durante um dos shows, por
aproximadamente 10 jovens que covardemente lhe espancaram, derrubando-o e
chutando sua cabeça e tórax.
NOSSO AMIGO estava sendo espancado e a policia parecia assistir de camarote e com gosto de quero mais. Apenas um segurança do evento se manifestou para tentar afastar os agressores, o mesmo recebeu ajuda dos demais participantes, desconhecidos que ajudavam através de gestos e gritos desesperados. Sem saber o que fazer, corremos imediatamente para pedir socorro para Brigada, afinal estavam em grande número a cavalo, de viatura, a pé e de motocicletas. Mas não demonstraram nenhuma reação, de braços cruzados, solicitaram ao Sargento que se encontrava ao lado do batalhão e com pedidos desesperados e com lágrimas ouvimos a seguinte frase do SARGENTO:
"NÃO VAMOS FAZER NADA, VOCÊS NÃO NOS DERAM BOLA ATÉ AGORA, ENTÃO, NÃO VAMOS FAZER NADA, SE QUIZEREM PODEM SUBIR ( alguns metros dos evento), MAS NINGUEM VAI SAIR DAQUI"
O que seria o "não deram bola"? O que eles queriam que a gente fizesse?
Chocadas com a atitude do SARGENTO, estava explicita a ignorância, estupidez e falta de prestação de serviço com a sociedade que paga impostos para mantê-los de braços cruzados, com seus celulares e um sorriso irônico. Seria mais um resquício de Ditatura em pleno século 21, durante a realização de um evento que valoriza a democracia, a união, a paz?
Após, sem a ajuda da polícia, retornamos ao local e buscamos a vítima, totalmente debilitada, ensanguentada e humilhada. Ficamos frente a frente com o batalhão, que simplesmente nos deram as costas e negaram atendimento. Fomos ignorados, e mais uma vez humilhados. Em prantos, a vitima falou: "NÃO TEMOS O QUE FAZER, ESTOU SENDO IGNORADO PELA PRÓPRIA POLICIA". O primeiro atendimento foi realizado pela ambulância do evento, que se encontrava atrás do palco, cercada, sem acesso direto ao público, onde a vítima gravemente ferida, com a roupa totalmente encharcada de sangue, precisou explicar o que tinha acontecido para assim ser atendido. Quando os seguranças do evento notaram minha câmera, fui barrada com rapidez pelo segurança que se mostrava preocupado com a hora de retornar a sua residência e assim, tentava desviar o assunto.
Levamos nosso amigo de táxi (pois NENHUM dos policiais se prontificou a ajudar-nos), e com urgência, para o hospital mais próximo do Anfiteatro (HPS) e ao chegar no local, a médica nos atendeu com as seguintes perguntas:
"O que aconteceu? Foi em uma festa? Vocês fazem faculdade?"
E agora eu pergunto, O QUE IMPORTA nossa vida pessoal, quando existe uma vítima humilhada e com a roupa e o rosto cheios de sangue?
Parabéns a prestação de serviço público, vamos celebrar a estupidez humana!
Qual o motivo da violência? Ignorância, descaso, estupidez... homofobia? Ao negar atendimento, os policiais estavam arriscando uma vida, mas sequer demonstravam esta preocupação.
Qual era mesmo a temática abordada pelo evento? Democracia?
Cobramos respostas urgentes e esclarecedoras dos policiais que estavam de serviço no Anfiteatro Pôr do Sol na noite de 26 de janeiro de 2013, cujas placas das viaturas foram devidamente anotadas para cobrarmos previdências, visto que nenhum dos policiais presentes quis se identificar.
Estamos cansados de tanto descaso e negligência por parte da Brigada Militar, e atitudes como esta não podem se repetir.
Temos imagens, informações, testemunhas e sede de justiça.
Porto Alegre, 27 de janeiro de 2013.
NOSSO AMIGO estava sendo espancado e a policia parecia assistir de camarote e com gosto de quero mais. Apenas um segurança do evento se manifestou para tentar afastar os agressores, o mesmo recebeu ajuda dos demais participantes, desconhecidos que ajudavam através de gestos e gritos desesperados. Sem saber o que fazer, corremos imediatamente para pedir socorro para Brigada, afinal estavam em grande número a cavalo, de viatura, a pé e de motocicletas. Mas não demonstraram nenhuma reação, de braços cruzados, solicitaram ao Sargento que se encontrava ao lado do batalhão e com pedidos desesperados e com lágrimas ouvimos a seguinte frase do SARGENTO:
"NÃO VAMOS FAZER NADA, VOCÊS NÃO NOS DERAM BOLA ATÉ AGORA, ENTÃO, NÃO VAMOS FAZER NADA, SE QUIZEREM PODEM SUBIR ( alguns metros dos evento), MAS NINGUEM VAI SAIR DAQUI"
O que seria o "não deram bola"? O que eles queriam que a gente fizesse?
Chocadas com a atitude do SARGENTO, estava explicita a ignorância, estupidez e falta de prestação de serviço com a sociedade que paga impostos para mantê-los de braços cruzados, com seus celulares e um sorriso irônico. Seria mais um resquício de Ditatura em pleno século 21, durante a realização de um evento que valoriza a democracia, a união, a paz?
Após, sem a ajuda da polícia, retornamos ao local e buscamos a vítima, totalmente debilitada, ensanguentada e humilhada. Ficamos frente a frente com o batalhão, que simplesmente nos deram as costas e negaram atendimento. Fomos ignorados, e mais uma vez humilhados. Em prantos, a vitima falou: "NÃO TEMOS O QUE FAZER, ESTOU SENDO IGNORADO PELA PRÓPRIA POLICIA". O primeiro atendimento foi realizado pela ambulância do evento, que se encontrava atrás do palco, cercada, sem acesso direto ao público, onde a vítima gravemente ferida, com a roupa totalmente encharcada de sangue, precisou explicar o que tinha acontecido para assim ser atendido. Quando os seguranças do evento notaram minha câmera, fui barrada com rapidez pelo segurança que se mostrava preocupado com a hora de retornar a sua residência e assim, tentava desviar o assunto.
Levamos nosso amigo de táxi (pois NENHUM dos policiais se prontificou a ajudar-nos), e com urgência, para o hospital mais próximo do Anfiteatro (HPS) e ao chegar no local, a médica nos atendeu com as seguintes perguntas:
"O que aconteceu? Foi em uma festa? Vocês fazem faculdade?"
E agora eu pergunto, O QUE IMPORTA nossa vida pessoal, quando existe uma vítima humilhada e com a roupa e o rosto cheios de sangue?
Parabéns a prestação de serviço público, vamos celebrar a estupidez humana!
Qual o motivo da violência? Ignorância, descaso, estupidez... homofobia? Ao negar atendimento, os policiais estavam arriscando uma vida, mas sequer demonstravam esta preocupação.
Qual era mesmo a temática abordada pelo evento? Democracia?
Cobramos respostas urgentes e esclarecedoras dos policiais que estavam de serviço no Anfiteatro Pôr do Sol na noite de 26 de janeiro de 2013, cujas placas das viaturas foram devidamente anotadas para cobrarmos previdências, visto que nenhum dos policiais presentes quis se identificar.
Estamos cansados de tanto descaso e negligência por parte da Brigada Militar, e atitudes como esta não podem se repetir.
Temos imagens, informações, testemunhas e sede de justiça.
Porto Alegre, 27 de janeiro de 2013.
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