sábado, outubro 04, 2008

Poesia Árabe

Autor – Muhsin Al- Ramli

Tradução – Fátima Pacheco

Não Libertem o Iraque de mim

Esta tinta derramado em sua imprensa

É o sangue do meu país.

Esta inundação de luz nas telas

É o brilho nos olhos das crianças de Basorá.

Esse que esta soluçando nas trevas do seu exílio

Sou eu;

Órfão depois de terem matado os meus pais: Tigre e Eufrates;

Viúvo depois de terem crucificado a companheira de minha alma: Iraque

Ah ... por ti, minha terra: crucificada entre as regiões.

Ai ... de vocês, senhores da guerra

Me escutem:

Não para a festa dos exércitos no telhado da minha casa.

Não ao carrasco que tenham plantado ou que irão plantar.

Não a sua liberdade de bombardear sobre as cabeças da minha gente

Não Libertem o Iraque de mim e nem eu dele.

Eu sou o Iraque.

Minha ervas são as letras e sei o que quero.

Deixe-me eu, a minha Rabeca e sua ausência.

Voltem para os seus filmes por trás do oceano.

Permitam-me que o que resta

dos minaretes, os mausoléus dos meus antepassados,

os túmulos da minha família ...

E bebam copos de petróleo até que vocês fiquem saciados.

Roubando o mel de enxofre e areia do deserto.

Leve seus clientes, com vocês.

Levem ao ditador com todas as partes de vocês que tenham comprado com o meu sangue.

Levem o que quiserem e marchem,

deixa-me só

abatido com os sonhos da minha irmã,

com a queima das palmeiras, nas margens da Mesopotâmia,

com os ossos do meu pai

Com o Chá e lanche.

Deixe-me só

com as canções tristes do Sul,

com a dança decepada do norte

e com o pavão real de Yasidíes.

Deixe-me só

Curando as feridas da minha terra Iraque

Apenas ...

Como Maria ...

Só com a minha solidão ...

Oh meu país: o crucificado entre as regiões.

Know how para animar a sua ressurreição.

Vocês saberão como se renasce de suas cinzas.

Vocês se esqueceram que ele é o criador da Phoenix?

Oh, inferno, para vocês chefes militares

Escutem-me:

Não assustem as nuvem em Bagdá com suas aeronaves.

Não semeiem soldados em nosso jardim.

Não tirem o cafetã de minha mãe.

Não. Não grite para libertar o Iraque de mim ou eu dele.

Eu sou o Iraque.

As aldeias têm florescido de meu abrigo, e sei o que quero.

Deixa-me eu, a minha família e o seu esquecimento.

Eu e os outros

Eu tenho um jasmim

E o macaco, uma camisa de seda

Tenho um copo de água para mim

E para a América, barris de petróleo

Eu tenho uma mãe

e um vizinho com jasmim na sua janela

E para você, bancos, torres e invejosos

Eu tenho asma e um cigarro

E vocês cobram impostos para o meu ar.

ESTÁTUAS

As estátuas estão no meio de fontes

E nós, no meio das cidades

no meio do mundo

Bem, se as estátuas são os nossos brinquedos

Brinquedos de quem somos nós?

E o que jogariam as estátuas

na nossa ausência?

E que fariam se nós andássemos

após desligar os jatos das fontes?

Após a chuva

Após a Chuva:

Sóis nas nuvens e córregos,

amêndoa doce e avelã,

dedos melados e pão quente.

Após a Chuva:

Minha mãe, meus irmãos

E a nossa casa de barro,

nossas pombas brancas.

Após a Chuva:

Arcos coloridos de paz,

sem braços, sem um presidente.

Após a chuva,

... depois da chuva.

Aniversário

O meu país é um bolo

E os mísseis são as velas

Os celebrantes são muitos

E o meu sangue é servido em copos

A casa é minha

E a minha família assassinada

Mas será que esta é a festa de aniversário de quem,

Caso você já tenha me matado

antes do meu nascimento?

A única mulher

Sou incapaz de confiscar seu relaxamento

Seus seios giram

para o outro lado.

Você é minha cúmplice em criticar este mundo e

você é feroz,

por isso eu tenho medo de te amar.

Não vou procurar o seu amor

apesar de que o meu amor te busca

e vou perguntar até o dia da minha morte:

Quem é você?

Estou com medo do seu amor,

Não vou procurar o seu amor

apesar de que o meu amor te busca,

mesmo que você seja aquela que eu amo.

Nenhum comentário: